Milton Ribeiro, Ministro da Educação do governo Bolsonaro, virou alvo de polêmica após conceder uma entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, onde falou que pretende reformular o currículo do ensino básico sobre questões que tratam da educação sexual.

Questionado sobre a existência de bullying envolvendo o assunto, ele defendeu ressalvas na abordagem, argumentando que temas de gênero, por exemplo, não devem ser trazidos para a sala de aula, dando a entender que apenas temas consensuais no campo da sexualidade, como prevenção à gravidez, devem ser vistos.

“É importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero”, disse ele. “Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo”, destacou.

Para Milton Ribeiro, a orientação homossexual pode ser resultado de um contexto familiar disfuncional, ou seja, onde há conflitos internos de caráter relacional envolvendo seus membros, como pais e filhos.

“É claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo têm um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa”, afirmou.

“Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, concluiu Ribeiro, segundo a IstoÉ.